terça-feira, 23 de novembro de 2010

Manifesto da Rede Mundial de Artistas em Aliança


Esta proposta é um desdobramento da Carta das Responsabilidades Humanas da Aliança para um Mundo Responsável, Plural e Solidário, que se propõe a “inventar novas formas de ação coletiva, que vão da escala local ao nível mundial, com o objetivo de influir juntos sobre o futuro de um mundo cada vez mais complexo e interdependente”.

Os artistas têm papel fundamental nesta reinvenção do mundo, razão desta Carta, em que nos propomos a assinalar nosso papel, como entendemos as artes, quais são nossas responsabilidades e nossas propostas de ações.

O papel do artista

O real dever do artista é salvar o sonho” diz Modigliani. E o sonho, em um mundo mercantilizado, torna mercantil o próprio sonho. Sonho de consumo, de possuir como sinônimo de felicidade. Sonho de artista, da arte revelando um mundo e criando outro.

É neste mundo, cada vez mais desequilibrado – povoado de desigualdades e despovoado de encantos -, que se propõe para o artista o desafio de reencantá-lo. O que significa colocar-se em campo para transformar a sociedade por meio das artes: um sonho com pé na terra.

As artes compõem a cenário da subjetividade, reflexão e criação, podendo mudar a visão do mundo de todos aqueles que dela se acercam.

É possível sonhar com um mundo poeticamente habitável? Um mundo que não seja árido? Um mundo livre da violência e dos fundamentalismos, em que os homens se destroem mutuamente? Um mundo que não se mova pela ganância, pelo lucro e onde a liberdade e a paz sejam os maiores patrimônios da vida? Um mundo que não transforme o próximo e a si mesmo em “coisa”? Apontamos caminhos, embora não tenhamos respostas.

Sabemos que as artes são parte fundamental da sociedade e se contextualizam na ética da vida conectada aos paradigmas terra, sonho, maravilhamento. Optamos caminhar nesta direção para tentar obter respostas às perguntas que acima nos fizemos. Acreditamos, como Marcel Duchamp, que as artes são “um meio de libertação, de sabedoria, de contemplação e de conhecimento”. Nesta concepção, as artes, experiência espiritual da condição humana, são linguagens essenciais da humanidade, sendo inseparáveis do ato de viver, da liberdade e de tudo que nela cresce. A Rede de Artistas em Aliança e do Movimento ArteSolidária afirma que “a arte é um exercício intuitivo para uma nova forma de perceber o mundo, estar e pertencer ao mundo”.

Em síntese, a criação artística é vital: para a preservação da memória; para o desafio da invenção; para afirmar a diversidade e a identidade dos povos; para o enraizamento étnico, social e cultural; para o diálogo intercultural; para o enriquecimento do imaginário; para a construção da subjetividade e da qualidade de ser; para a promoção da ética; para a aproximação solidária entre pessoas; para a aproximação entre as pessoas e a natureza; para o equilíbrio e a integridade espiritual do planeta; e para gerar condições que permitam um processo criativo em beneficio da comunidade dos seres vivos.

Considerando que as artes:

  • são formas universais de expressão e comunicação humana, que desenvolvem as inteligencias múltiplas e as relações sociais do ser, preservam e promovem a diversidade e a identidade cultural e espiritual das sociedades, reforçando o sentido de pertencimento à humanidade;

  • são inseparáveis do ato de viver, e se justificam pelo seu próprio existir, não devendo estarem a serviço de qualquer ideologia, nem serem ferramentas ou instrumento do que quer que sejam;

  • contribuem para formar comunidades empáticas e sensiveis, unindo as pessoas pelo afeto e pela solidariedade;

  • alimentam e são expressões da imaginação criadora que transforma a realidade;

  • tem papel fundamental na reorganização do tecido social, desfeito pela mercantilização das relações, pelo individualismo e pela violência;

  • possibilitam a vivência criativa, abrindo trilhas para o reencantamento do mundo;

  • são patrimônio da humanidade e campos de integração e aproximação entre os povos;

  • são linguagens íntimas na comunicação entre jovens, quando buscam se entender e se conhecer em resposta as questões existenciais;

  • possibilitam a vivência alegre, lúdica, prazerosa e criativa, o sonho e a utopia;

  • podem estimular a indignação frente às injustiças sociais e é inspiradora de mudanças de atitudes no papel da sociedade civil;

  • abrem caminhos para a reinvenção do mundo:

É responsabilidade do artista:

  • lutar para a integração das linguagens artísticas na busca de novos paradigmas cooperativos e humanizadores de educação e cultura;

  • contribuir para a democratização das artes através da educação formal e informal atual;

  • estimular diálogo com perspectivas culturais e metodos de criação artística atuais, valorizando os diversos processos criativos e não cedendo a pressões políticas, ideológicas ou discriminatórias oriundas do mercado;

  • abrir a sua obra para diálogos, desmistificando, democratizando e compartilhando com todos o ato de criar;

  • estabelecer relações com os jovens, propondo-lhes caminhos e desafios na fruição da criação artística;

  • estabelecer relações interculturais, com o público e com a sociedade, inspirando e ampliando os processos criativos na formação da cidadania;

  • promover a devolução pública de produtos e processos artísticos, ampliando as oportunidades de diálogo com o público através da difusão e distribuição de produtos (livros, CDs etc), bem como estimulando a inclusão de cláusulas visando a esta atitude nos editais, leis de incentivo à cultura e ações culturais;

  • fortalecer intercâmbios e oportunidades de diálogo intercultural, base de novos paradigmas para uma humanidade que leve em conta a paz, a ética e o reencantamento do mundo;

  • contribuir para que as novas tecnologias de informação e comunicação possam promover a diversidade cultural e aproximação dos artistas com o público;

  • contribuir para a democratização dos meios de comunicação e ampliação de espaços de debate sobre os meios de expressão artística, redefinindo o papel do artista e sua responsabilidade como mídia cultural;

  • participar e acompanhar a elaboração e implementação das políticas culturais, seja individualmente ou através de organizações profissionais independentes;

  • estimular a responsabilidade social, cultural e política do estado e da iniciativa privada;

  • reivindicar e monitorar a ampliação e a distribuição democrática dos orçamentos públicos, bem como os direitos garantidos ou indicados nas leis nacionais e nos pactos internacionais, como o Pacto Internacional das Nações Unidas sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, a Convenção sobre a Diversidade Cultural e proteção do patrimônio artístico promovido pela UNESCO em outubro de 2005 e outras recomendações culturais;

  • proteger e propagar o patrimônio material e imaterial de todos os povos;

  • lutar pelo direito à remuneração digna, buscando abrir o debate sobre a questão dos direitos autorais;

  • proteger, contra apropriação indevida de terceiros, os bens artísticos e culturais de todos os artistas, principalmente daqueles pertencentes aos setores mais vulneráveis como os quilombolas, os indígenas e os mestres e mestras da cultura popular;

  • estimular a criação de associações e cooperativas, fóruns e redes, para que possam melhor difundir suas experiências e interferir na realidade cultural onde se inserem;

  • lutar pela preservação do meio ambiente, condição essencial para uma sociedade sustentável, utilizando materiais que preservem a natureza;

  • ocupar a rua e o cotidiano, que é o lugar por excelência da comunidade, e não apenas os “templos” da cultura ”(centros culturais, bibliotecas, teatros, cinemas, galerias, escolas, equipamentos públicos);

  • integrar a consciência cultural da América Latina através de atividades artísticas e estimular os diálogos sul-sul;

  • repensar as práticas artísticas, levando em conta o desenvolvimento da criatividade à luz dos valores éticos e humanistas.

Propostas de ações para a difusão da Carta de Responsabilidades do Artista:

  • usar os sites da Rede Mundial de Artistas e dos membros da Aliança Mundial pelas Artes Educação para divulgar regularmente suas atividades e articulação de ações;

  • promover a apresentação da Carta em todas as linguagens artísticas e por todos os meios e espaços de comunicação, e para trabalhar seu conteúdo;

  • criar corredores culturais como territórios de responsabilidade para desenvolver o diálogo intercultural em todas a comunidades, países e regiões do mundo por meio da difusão da Carta;

  • articular núcleos de arte-educadores comprometidos com a discussão e a divulgação da Carta;

  • promover diálogos intergeracionais sobre a Carta;

  • incluir os princípios da Carta de Responsabilidades Humanas nas políticas públicas;

  • elaborar e socializar metodologias que valorize as identidades e diversidades locais, promovendo valores que inspiram a Carta das Responsabilidades Humanas, quais sejam:

  • A Terra é a nossa única e insubstituível mátria.

  • A humanidade em toda a sua diversidade pertence ao mundo vivo e participa de sua evolução.

  • Nossos destinos são inseparáveis e a amplitude das crises do nosso tempo nos mostra aquilo que está em questão hoje: o dom da vida em si.

  • A vida não é criada pelos seres humanos, os seres humanos fazem parte da vida.

  • A humanidade e sua diversidade têm a responsabilidade de preservar o direito à vida.

  • O artista pode contribuir para a preservação e o desenvolvimento da vida e para salvar o sonho.

Janeiro de 2009

fonte:http://cineclubepolis.wordpress.com/2009/03/04/carta-das-responsabilidades-do-artista/

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

notícias de Cralos Mariguela

http://www.ananindeua.pa.gov.br/#noticia.index.ver?id=359!barraSuperior

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Um pouco do sentimento da Camila por e-mail...


Um dos e-mails trocados por nós na volta de Belém;

E eu das novas midias tentei me afastar delas pra tentar digerir um
pouco o que nos aconteceu, e agora que abro o e-mail vejo todas essas
declarações, impossivel não ficar com o coração disparado, o nó na
garganta e lágrimas nos olhos, já vi e revi e contei as [es]histórias
de todas as fotos aqui em casa, e mesmo assim ainda não aceitei que ficou
lá em Belém, por que as sensações ainda estão tão vivas aqui dentro...

Que delicia conviver com vocês, quanta coisa trocamos...nós que fomos
para trocar com a comunidade não imaginamos que a troca mais intensa
seria entre o grupo, e que grupo!!
Acho que ainda estamos todas com dificuldade de expressar, quase a
mesma dificuldade de explicar para os colombianos o significado da
palavra Saudade, essa mistura de sensações...
Clarice tem uma definição que eu adoro;

Saudade é um pouco como fome.
Só passa quando se come a presença.
Mas às vezes a saudade é tão profunda
que a presença é pouco:
quer-se absorver a outra pessoa toda.
Essa vontade de um ser o outro
para uma unificação inteira
é um dos sentimentos mais urgentes
que se tem na vida.

(Clarice Lispector)

Amo vocês, mesmo, lá do fundo!

Beijos e sorrisos
Besos e surisôs,

domingo, 1 de agosto de 2010

um pouco do sentimento do mundo da Mirela por email

Tenho apenas duas mãos
e o sentimento do mundo,
mas estou cheio escravos,
minhas lembranças escorrem
e o corpo transige
na confluência do amor.

Quando me levantar, o céu
estará morto e saqueado,
eu mesmo estarei morto,
morto meu desejo, morto
o pântano sem acordes.

Os camaradas não disseram
que havia uma guerra
e era necessário
trazer fogo e alimento.
Sinto-me disperso,
anterior a fronteiras,
humildemente vos peço
que me perdoeis.

Quando os corpos passarem,
eu ficarei sozinho
desfiando a recordação
do sineiro, da viúva e do microcopista
que habitavam a barraca
e não foram encontrados
ao amanhecer

esse amanhecer
mais noite que a noite.

Drummond

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Seguem abaixo algumas fotos da experiência do Grupo Eu-Pertencente na comunidade de Ananindeua em Belém-PA















segunda-feira, 19 de julho de 2010

breves notícias

A oficina "Eu-pertencente" aconteceu nos dias 14, 15 e 16 na comunidade de Ananindeua, região metropolitana de Belém e a cerca de 1h30 do centro da cidade.
As comunidades Águas Brancas e Carlos Mariguela compõe uma área de ocupação de migrantes maranhenses. As manifestações artísticas culturais mais expressivas são o Boi Bumbá, o Regae e o Candonblé.

O 7o Congresso Mindial de Teatro/Drama e Educação- IDEA está acontecendo na Universidade Federal do Pará e em outras localidades da cidade e região.
toda a programação pode ser acompanhada pela rádio que tem notícias e entrevistas com os participamtes do congersso.


em breve fotografias e mais informações.

terça-feira, 6 de julho de 2010

“Eu - Pertencente”

Projeto apresentado ao IDEA 2010: “Eu - Pertencente”

Nome(s) do membro(s) de IDEA que está propondo este projeto

Camila Emilio de Moraes

Ellen da Silva Paula

Mirela Ferreira Ferraz

Nadja Dulci de Carvalho

Nome do parceiro (grupo/ instituição/ indivíduo) envolvido no projeto de colaboração

Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP / Núcleo ABRA de Ouro Preto-MG

País (países) onde o projeto está em desenvolvimento ou será desenvolvido

Brasil

Tipo de projeto

Intercâmbio/ Colaboração

Período da colaboração

Maio a julho de 2010


Contato:

E-mail: nucleoabraouropreto@gmail.com


Histórico do projeto

Partindo das experiências com a arte/educação o Núcleo Abra Ouro Preto, iniciará sua proposta em maio de 2010 com o Projeto “Eu-pertencente” junto à comunidade ouropretana e belemense.

“Eu-pertencente” consiste na observação das atividades desenvolvidas por dois grupos artísticos e culturais, o primeiro, residente na cidade de Ouro Preto, “Congado de Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia do Alto da Cruz” e posteriormente, um grupo de forte representação artística na cidade de Belém.

Paralelamente à observação será desenvolvida uma pesquisa teórica acerca da origem do Congado e suas ramificações, na construção de identidade dos sujeitos dele participantes. Entenda-se aqui “identidade” do ponto de vista do sujeito sociológico.

Traçando um breve panorama histórico acerca da construção da identidade do homem, René Descartes, surge como marco no estudo do tema, ao colocar o homem no centro da 'mente', como sujeito individual constituído a partir da sua capacidade de raciocinar e pensar”, o chamado sujeito cartesiano. No Iluminismo, o homem é considerado como centro do conhecimento, o que, consequentemente, define a identidade do sujeito no momento em que esse vem ao mundo. Outras teorias como a de Marx, Foucault e, principalmente, Freud e o estudo da psicanálise, contribuem para o estudo da identidade humana, servem às Ciências Sociais como um ponto de interseção para a construção do sujeito sociológico, aquele que se relaciona com o meio em que está inserido e, a partir dessa interação, constrói de forma inconsciente múltiplas identidades.

Na segunda etapa do Projeto a observação ocorre na cidade de Belém, seguindo a mesma dinâmica da etapa anterior. Identificaremos um grupo de forte representação cultural belemense que de forma direta ou indireta esteja relacionado com o Congado ouropretano, levando em consideração, sobretudo, o processo de construção de identidade dos indivíduos participantes dessa manifestação.

Nessa perspectiva, nosso intuito é promover o intercâmbio cultural, através da Arte/Educação entre a cidade de Ouro Preto e a cidade de Belém, proporcionando uma experiência artística que conduza a interação/socialização entre os membros de cada comunidade, além de explorar a identidade local em um movimento criativo e artístico que aflore e valorize os sujeitos dele participante.

Trabalhar a identidade nas culturas locais, proporciona aos sujeitos um conhecimento antropológico único que permite a auto-afirmação das manifestações artísticas a partir da troca de experiências vividas.

Ainda na cidade de Belém, além da observação de campo, traçaremos metodologias pedagógicas práticas, que dialoguem com os resultados e os dados obtidos na observação dos dois grupos artísticos e culturais. Desenvolvendo vivências artísticas, na forma de Oficina, que estimulem e fortaleçam a prática artística do grupo estudado.

Diante da metodologia de trabalho proposta pelo Projeto de Estímulo à Docência- PED UFOP - da Universidade Federal de Ouro Preto[1], subárea Artes Cênicas, no que diz respeito a importância da interação entre Escola e comunidade, vemos a possibilidade de o Congresso IDEA 2010 e o Projeto “Eu-pertencente”, se estabelecerem como os pontos de partida para o desenvolvimento das atividades pedagógicas e artísticas a serem realizadas dentro do PED UFOP - Artes Cênicas, E. E. Dom Veloso (que tem como bolsistas docentes as proponentes deste Projeto) durante o segundo semestre de 2010.

Para tanto, partiremos das vivências artísticas e pedagógicas com os dois grupos observados, construindo um projeto de ensino que tenha como base a linguagem teatral. Como metodologia faremos uso das características que se fazem presentes nestas duas manifestações e no teatro, como o figurino, a dança, a expressão corporal e a música.

Após a concretização da segunda etapa do “Eu-pertencente” propomos ainda para o PED UFOP Artes Cênicas, e às subáreas que se façam interessadas, uma mesa de debates, onde exporemos a experiência vivida durante a execução do Projeto.

Objetivos

  • Promover o intercâmbio cultural, através da Arte/Educação entre a Universidade Federal de Ouro Preto e dois grupos artísticos e culturais das cidades de Ouro Preto e Belém;
  • Proporcionar uma experiência artística que conduza a interação/socialização entre os membros de cada comunidade;
  • Explorar a identidade local em um movimento criativo e artístico que aflore e valorize os sujeitos.

Descrição dos Participantes do Projeto Número/ faixa etária/ gênero/ raça/ classe social, etc.

Número: 05 (cinco)

Faixa etária: 20 à 24 anos

Gênero: Mulheres

Classe: Camada popular/ estudante.

Metodologia do Projeto. Como pretende implementar o projeto?

O Projeto busca um intercâmbio cultural entre comunidades e terá inicio em maio de 2010 na cidade de Ouro Preto/ MG. Iniciaremos as atividades com a observação do grupo “Congado de Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia do Alto da Cruz”, durante os meses de maio e junho. Tomarmos como ponto de referência elementos que constituem a identidade dos sujeitos pertencentes a este grupo.

Durante a segunda semana de julho, o foco de trabalho passará a ser um grupo de manifestação artística e cultural belemense, onde daremos prosseguimento ao processo de observação.

Consideramos de fundamental importância o contato com a cultura local, através de sua observação, para que então, possamos propor junto à comunidade, e de acordo com suas necessidades e anseios, uma prática artística que seja parte e diga respeito aqueles sujeitos.

As práticas realizadas nas duas comunidades se encontrarão na instituição onde as proponentes do Projeto“Eu-pertencente” desenvolvem suas atividades de pesquisa a cerca da Arte/Educação, a Escola. Durante o segundo semestre de 2010, as propostas pedagógicas do Programa de Estímulo a Docência, PED UFOP Artes Cênicas, dentro da Escola Estadual Dom Veloso serão continuidade da proposta iniciada em maio de 2010.

Cronograma do Projeto Fases do projeto

Etapa I: Ouro Preto 2010

Maio

· Observação e inserção no grupo“Congado de Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia do Alto da Cruz”;

· Revisão do projeto;

· Apresentação das propostas de trabalho ao grupo;

· Reuniões periódicas para discussão das propostas e metodologias de trabalho a serem adotadas.

Junho

· Prosseguimento da observação do grupo“Congado de Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia do Alto da Cruz”;

· Estudo teórico dentro dos temas: Teatro e Comunidade e Identidade;

· Reuniões periódicas para discussão das propostas e metodologias de trabalho a serem adotadas.

· Avaliação e revisão das atividades desenvolvidas junto ao grupo observado.

Etapa II: Belém

Julho

· Observação e inserção no grupo da comunidade de Belém;

· Contextualização do projeto com a realidade do grupo;

· Revisão do projeto;

· Apresentação das propostas de trabalho ao grupo;

· Desenvolvimento da oficina;

· Avaliação processual.

· Revisão do projeto;

· Discussão das propostas pedagógicas adotadas;

· Mostra de Resultado – Vídeo/instalação – Intercâmbio Regional durante o Congresso IDEA 2010.

· Avaliação do projeto junto aos grupos participantes.

Agosto

  • Avaliação da Oficina junto aos Professores de Arte/Educação do Departamento de Artes Cênicas e ao Coordenador do PED UFOP Artes Cênicas;
  • Mesa de debates, em forma de relato de experiência, junto aos participantes do PED UFOP Artes Cênicas;
  • Produção de textos acadêmicos relatando as vivências de forma crítica e reflexiva;
  • Reestruturação do Projeto para as Oficinas na Escola Estadual Dom Veloso com realização no 2º semestre de 2010.
  • Início das Oficinas junto ao PED UFOP Artes Cênicas.

Setembro a Dezembro

  • Desenvolvimento das Oficinas

Como o Projeto será registrado? Que tipo de mídia vai usar? Quem irá registrar? Como irá organizar o registro?

Para registrarmos o Projeto, cada oficineiro produzirá fotos e vídeos, além de adotar métodos pedagógicos que permitam que os próprios participantes registrem o processo de trabalho, através da construção de textos, desenhos, pinturas, relatos orais entre outros.

Além do vídeo, realizado por cada oficineiro, solicitamos suporte do Congresso de IDEA para realizar uma filmagem semanal da Oficina, assim como apoio para edição dos vídeos que resultará em um curta documental sobre as práticas artísticas desenvolvidas nas comunidades.

Ao final do trabalho, durante a semana de Encontro do Congresso, que ocorre entre os dias 17 a 24 de julho, exibiremos o vídeo/instalação em outras comunidades da cidade de Belém, buscando a promoção de um intercâmbio regional.

Como seu Projeto será avaliado? Quais métodos de avaliação serão usados? Em quais etapas do projeto?

A Avaliação deverá ser realizada em cinco etapas:

No início das Oficinas/Encontros por meio de rodas de diálogos onde deverão ser expostas as expectativas dos trabalhos a serem desenvolvidos, para que assim tenhamos elementos da cultura local que permitam o desenvolvimento do Projeto;

Quando a Oficinas estiver sendo desenvolvida, a avaliação se dará por meio das rodas de diálogos entre os participantes e através de registros verbo-imagéticos produzidos ao final de cada encontro.

Ao final de cada dia de trabalho os oficineiros deverão realizar um balanço, a fim de que haja troca de experiências entre o grupo além de uma ampliação do entendimento das especificidades da comunidade.

No último dia de desenvolvimento do Projeto todos os envolvidos deverão se reunir para uma conversa avaliativa dos trabalhos, para que assim, possam reunir os pontos positivos, o que trará a possibilidade de prosseguimento da ações criativas mesmo ao final do desenvolvimento do Projeto.

De volta ao ambiente acadêmico daremos ênfase a produção de textos que relatem as vivências, o que nos proporcionará o pensamento crítico dos trabalhos realizados e o vislumbre de sua aplicação em outras comunidades.

Dentro da comunidade escolar, poderemos observar como os signos e elementos observados até o momento, se manifestam, promovendo este intercâmbio cultural na última etapa do “Eu-pertencente”.

Como pretende apresentar o projeto e seus resultados em IDEA 2010? Painel, Oficina, Seminário, Performance, Vídeo e/ou instalação, etc.

Apresentaremos o projeto e seus resultados através de Vídeo/Instalação exibindo nas comunidades de Belém, em busca de promover intercâmbio regional, possibilitando o diálogo sobre a produção artística e cultural desenvolvida na cidade.



1 - Programa de Bolsa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID) financiado pelo Centro de Apoio a Pesquisa e Ensino Superior – CAPES,

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Congada e Moçambique em Piedade do Rio Grande


Piedade do Rio Grande é uma pequena cidade situada na região da Zona da Mata, interior de Minas Gerais.

Estas fotos foram tiradas pela historiadora Lívia Monteiro, que é natural de Piedade.
a cidade abriga duas manifestações culturais próximas da que estamos estudando, a Congada (como é chamada lá, diferente da região de Ouro Preto, onde o nome utilizado é Congado) e Moçambique.
É possível perceber diferenças entre as duas manifestações a partir das roupas e adereços utilizados durante a festa.


Moçambique:







Congada: